terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Nova ministra de Dilma diz que vai lutar pela legalização do aborto

Sai um abortísta entra outra .Nova ministra de Dilma diz que aborto não é questão ideológicaPublicada: 07/02/2012 13:40| Atualizada: 07/02/2012 13:39
Folha


"O aborto, como sanitarista, tenho que dizer, ele é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica. Como o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas." A frase foi dita por Eleonora Menicucci nesta terça-feira (7), na primeira entrevista coletiva após ser indicada como nova ministra da SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres).

Em entrevista à Folha, Menicucci prometeu defender a liberação do aborto à frente da secretaria. Hoje, bombardeada com perguntas sobre o tema, disse que o Executivo "não tem muito o que fazer" a respeito.

"O governo tem um projeto no Congresso Nacional, que foi enviado na gestão da ministra Nilcéa Freire, e reforçado pela gestão da ministra Iriny Lopes. Agora, esse projeto só andará no Congresso se assim os parlamentares quiserem e entenderem a importância dele. Neste momento, nós do Executivo não temos muito o que fazer."

A nova ministra não deixou, porém, de afirmar a importância do assunto. "Nenhuma pessoa de gestão que tenha sensibilidade e ouça os números admite que as mulheres continuem morrendo em decorrência de aborto."

Sua posição pessoal --de lutar pela descriminalização do aborto-- "a partir de hoje, não diz respeito", declarou Menicucci. "Minha posição pessoal está em todos os jornais, nas entrevistas que dei, não seria eu se não reafirmasse o que falei anteriormente. Mas sou governo, minha posição hoje é de governo."

Quando em campanha, a então candidata Dilma Rousseff se comprometeu com segmentos evangélicos em não capitanear mudanças na legislação pró-aborto.

VIZINHAS

A nova ministra contou que conheceu Dilma ainda em Belo Horizonte, antes de se reencontrarem na cadeia, durante a ditadura militar.

"Quem passou pelo que nós passamos na luta contra a ditadura cresce, amadurece, e não esquece nunca. São marcas que nos tornam mais fortes e mais sensíveis ao debate, sensíveis à espera, sem sentar-se numa cadeira e ficar esperando a banda passar. É espera com ação", disse Menicucci.

Ela descartou ter sido convidada para a SPM pela amizade com a presidente. "Meu currículo me credencia para estar nesse lugar. Não se faz governo com amigos."

Menicucci é professora titular do departamento de medicina preventiva da Unifesp e tem longa trajetória no movimento feminista e no combate à violência contra a mulher.

A indicada garantiu que o combate à violência doméstica e sexual será prioridade na sua gestão. "As delegacias de defesa das mulheres, a questão da Justiça criminal têm que avançar, têm que ser reformuladas. A fala da mulher não é respeitada, ouvida. É inadmissível que uma mulher vá a uma delegacia de defesa da mulher, faça uma denúncia e vá para casa."

Iriny Lopes, que deixa a secretaria para concorrer à Prefeitura de Vitória, citou o assassinato da procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, morta a facadas na semana passada supostamente pelo marido.

"As medidas protetivas da procuradora foram de 30 metros, que proteção é essa que o agressor fica a 30 metros?", questionou Lopes.

*Reportagem de Johanna Nublat

2 comentários:

  1. nos evangelicos e defensores da familia sadia de acordo com a biblia temos que defender e fazer parte da grande massa de pros-familia contra o aborto e outras coisas que afrontam a nossa fe e bons costumes cristao esta ministra vai prestar conta a DEUS e todos que se levantam contra a palavra de DEUS

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    1. Não sei porque acham um absudo o aborto ser legalizado, eu sei que é uma vida, mas é uma vida que depende da mãe. Obrigar a mãe a custear um filho e uma gestação, é como criar leis obrigando o povo a doar para os mendigos e instituições que dependem de dinheiro, pois vidas dependem destas doações..... Uma gestação é algo trabalhoso de mais para um mulher, por mim, se pessoa X depende de pessoa Y para viver, é um absurdo obrigar a pessoa Y a custear a X. Eu sou a favor de uma mãe que mantém um bebê vivo poder parar de mante-lo vivo, bem como se eu ficar doente e dependente do dinheiro de outra pessoa para o tratamento, que a pessoa possa escolher me deixar vivo ou não.

      Mas de qualquer forma, sou contra o que esta ministra esta fazendo, pois esta governando para si e não para o povo indo contra os interesses do povo além de estar enfraquecendo a força democrática no Brasil(que já é baixa, é uma "ditadura do mais influente")

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