sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DEPUTADO JOÃO CAMPOS PEDE A TRANSCRIÇÃO DO ARTIGO ``DITADURA GAY À VISTA`` NOS ANAIS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, PUBLICADO NO JORNAL POPULAR (GO)

POSTADO BENEDITO DIAS

REQUERIMENTO N.º de 20011.
(Do Sr João Campos)
Requer a transcrição nos anais desta Casa, do artigo publicado no Jornal O POPULAR, intitulado “Ditadura gay à vista...”.

Senhor Presidente da Câmara dos Deputados:

Nos termos do Regimento Interno e dado a impossibilidade da leitura em plenário, requeiro a Vossa Excelência que seja dado ao artigo apresentado, denominado, Ditadura gay à vista...”, de autoria do ilustre Doutor e Professor de Direito Internacional da PUC - Goiás, publicado no Jornal O POPULAR de circulação diária no Estado de Goiás, publicado na página 09, da edição de 03/07/2011, como lida, para efeito de registro nos anais desta Augusta Casa.

Sala das Sessões, em de de 2011.
JOÃO CAMPOS
Deputado Federal

PSDB / GO

Ditadura gay à vista...
É por um prefixo que se perde o sentido. Um des, um in, um per... e o positivo vira negativo numa fração de segundo. Incorreto é todo o contrário de correto por duas letras pequeninhas... o que não deixa de ter um lado perverso, porque uma sílaba só muda o rumo do discurso.
Entendeu ou desentendeu? Na dúvida, re-explico.
Perceber ou receber têm a ver com ceber. A raiz latina fica. É sempre cipere de acolher. Mas per por re passa gato por lebre num simples descuido da mente.
Quer ver? Conceito, por exemplo. Cum e cipere - na forma ceptum do particípio passado, virando ceitum ou ceito de acordo com os gostos fonéticos - nada mais é que "junção de ideias recebidas".
A língua é sábia. O usuário às vezes é que desentende a lógica. Mas conceptualizar um objeto se resume a reunir mentalmente suas partes para formar uma representação coesa.
Um erro de montagem, e cai na besteira. Porque interage com a vida de mundo virado no cérebro. E não dá outra: na chuva, desce do morro para se esconder no buraco e morrer afogado por instrumentalização falha de intelecto.
O entendimento que guia a conduta é ferramenta de sobrevivência que pode muito bem conduzir à perda. Basta errar a premissa para chegar a conclusão pífia e mergulhar de olhos fechados na mais radical decadência. Uma regra que vale tanto para o indivíduo como para as culturas, porque modo coletivo de relação com o meio também comporta perigo análogo.
É complicado, no entanto, manter a independência de raciocínio no totalitarismo midiático do momento. Os modelos inundam o Planeta em questão de minuto. Gestão de opinião pública, portanto, se confunde com controle de satélite, e basta um posicionamento adequado na fábrica de imaginário para colocar um aliado na cabeça do mundo.
Terraplanagem ideológica é assim monopólio de uma patrola comunicacional norte-americana que a geopolítica gay usa com muito esmero. Mas vou meter a enxada, porque tenho, na terminologia em voga, um forte preconceito que quero botar para fora.
Primeiro, constatei umas diferenças. Sem esforço, por sinal, já que a complementaridade fica clara, e o projeto biológico não deixa dúvida. Eis onde começa o problema. Norma e normalidade se impõem de cara, e o amor entre pessoas do mesmo sexo não é menos estranho que fazer as necessidades pela boca para comer por onde você pensa.
Visto dessa forma, preconceituoso é você que tira noções do nada. Ao passo que eu me pauto em pós-conceitos baseados em juízo fundado. Nem por isso, contesto a opção democrática de negar a natureza. Apenas gostaria de ver a escolha restrita à esfera de liberdade individual de cada pessoa. Mas o lobby gay tem agenda bem distinta...
A tolerância proposta, em primeiro lugar, é 100% mão única. Há sim uma saudável reivindicação de direito à diferença... mas só para quem é ou simpatiza. Porque quem não gosta cai na malha da patrulha e sai agraciado com etiquetas de conotação negativa.
O mecanismo é próprio do obscurantismo. Visa neutralizar a razão crítica com uma palavra mágica que desperta o medo. É o comunista do regime militar. O herege da Idade Média. O terrorista dos americanos...
O bicho não é palpável nem é definido. Funciona como interruptor a desligar o raciocínio. Um biombo retórico que apaga o burburinho do mundo, aprisionando a mente num jogo de espelhos...
Você será homófobo se falar o que falo. Maneira de calar o pluralismo quando se torna incômodo. A turma, na realidade, é homófobo-fóbica. Tem fobia de homófobo. Não tolera a diferença de quem disser o que digo.
Não traz, portanto, nada de novo senão uma simples reversão de quadro. Quem era vítima vira carrasco, e quem era carrasco vira vítima numa soma algébrica de tolerância-intolerância que nada acrescenta.
Na minha infância, homossexualidade era caso de polícia. A lei se intrometia de forma totalitária na vida íntima, regendo preferências afetivas como se normatiza cobrança de imposto ou relação trabalhista. Mas a evolução recente entregou a questão à esfera do livre arbítrio, resolvendo o problema de forma democrática.
As coisas podiam ficar assim. A fórmula era equilibrada. Mas agora o outro time é que quer ditadura!? E se você duvidar, basta dar uma olhada no tipo de proposta legislativa que toma corpo nos corredores de Brasília. Como disse, sou pós-conceituoso e expresso opinião baseada em elementos fáticos. Então, fui fuçar na coisa... e não houve surpresa: o que lhe espera é um Estado policial com leis de exceção, censura, repressão, proteção especial para travesti e lésbica e, se brincar, guarda-costas por sua conta nas noites de paquera.
É impressionante!!?? Uma negação total do igualitarismo democrático, com casta privilegiada cheia de vontades, de não me toques e de direitos...
Ele pode lhe xingar de homófobo, mas você vai para a cadeia se chamá-lo de v... E vejo o dia em que terá de aceitar uma cantada gay para não ir preso por discriminação sexual ou delito dessa natureza.
Você, francamente, deveria dar uma estudada. Sei que tem outra coisa para fazer, mas quero ver sua cara no tribunal quando dispensar uma babá marciana que não convém no ambiente de família. E é exatamente o tipo de dissabor que lhe espera se não reagir enquanto é hora...
O complô em curso visa garantir prerrogativas comportamentais no canto privativo das minorias em foco... o que não incomoda sobremaneira. A encrenca, contudo, começa com a imposição de regras de conduta no seu mais reservado espaço... com juiz e polícia para não deixar esquecer quem realmente manda !
É só deixar correr frouxo, que chega lá sem demora. Mas, se fosse você, pensaria seriamente em largar o pré-fabricado cultural made in USA para formatar conceitos por conta própria. E mais: com o prefixo pós da visão refletida...
Jean-Marie Lambert - Doutor, é professor de Direito Internacional da PUC-Goiás 02 de julho de 2011 (sábado)
Publicado no Jornal O POPULAR de circulação diária no Estado de Goiás, publicado na página 09, da edição de 03/07/2011.
JOÃO CAMPOS
Deputado Federal

PSDB / GO

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